por Sandra Mara (Leiga Marista de Curitiba)
É sabido que a rosa é o símbolo de Maria, uma flor que faz
jus a essa mulher tão perfeita e tão singular.
Na verdade o símbolo de Maria não tem espinhos e sim acúleos
(falso espinho)! E qual é a diferença?
Os espinhos nascem no interior da planta, já os acúleos estão
na parte externa do corpo da flor (caule), é de fácil retirada e não danifica o
seu interior. Em um sentido figurado, assim acontece com as pessoas, os acúleos
não prejudicam a alma e nem o coração se soubermos enxergar e entender a
diferença, como fez Maria.
Deus em Sua imensa sabedoria, não deu a Maria e nem a nós um
peso maior do que aquele que podemos carregar. ELE nos dá os ‘acúleos da vida’,
ou seja, situações e problemas que podem ser retirados, esclarecidos e superados
em momentos certos, no momento de DEUS.
Contudo esses acúleos deixam cicatrizes, não para mostrar os
nossos sofrimentos, nos colocando em uma situação de infelicidade, de abandono
ou pior ainda de vítimas, mas para nos lembrar que somos valentes guerreiros(as).
Fomos marcados sim, porém superamos cada obstáculo e nos transformamos em
pessoas melhores, mais ricos em discernimento e sabedoria, os quais nós conseguimos
através das experiências não tão perfumadas que a vida nos oferece.
Maria sangrou e sentiu a dor dos acúleos nas dificuldades e
limitações impostas a toda mulher da sua época e nem por isso ela desanimou ou
desistiu de ser instrumento da misericórdia Divina, para que o projeto de DEUS
fosse concretizado na pessoa de seu FILHO JESUS. Seu coração permaneceu belo e
manso, porque ela confiou e depositou tudo nas Mãos do Senhor dizendo ‘SIM’, um
sim de entrega, um sim de... ‘SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO
NO CÉU... ’ e dessa maneira confiante Maria foi cumprindo a sua missão, como a
serva do SENHOR, como uma mulher de:
- Fé e atitude;
- Obediência e gratidão;
- Humildade e gentileza;
- Silêncio e espera;
- Reflexão e ação.
Maria mostra-nos claramente que não importa os espinhos, mas
sim termos uma bela flor dentro do nosso peito, chamada FÉ cuja seiva é o AMOR de um
DEUS Onipotente e Onipresente que habita em cada um de nós, alimentando e nos
dando força e proteção. E a exemplo de Maria devemos confiar no Grande
Mistério, de que tudo chegará no momento e na medida certa, nem mais, nem
menos. Que devemos ter fé e
interagirmos com DEUS, deixando esse amor fluir sem nenhuma dúvida do SEU poder
em nossas vidas. E assim descobriremos que os nossos acúleos não nos levam ao
fundo do poço, mas aos braços do PAI.
“O
essencial é invisível aos olhos, porque é para ser visto com o coração” (A. de
Saint-Exupéry).