Aproveitando que março é um mês que muitos dizem ser dedicado à mulher, trazemos a vocês algumas reflexões propostas pelo nosso grupo sobre o papel da mulher na Igreja à luz da carta apostólica Mulieris Dignitatem do Papa João Paulo II
fonte: web |
Roteiro para o encontro do grupo de leigos
Reflexão Inicial: A igreja de Cristo foi e é formada por
homens e mulheres que entregaram e entregam suas vidas em favor do projeto da
Salvação. Na história do povo de Deus, inúmeros homens fizeram alianças com
Deus, mas foi por meio do sim de uma mulher que o plano da nova e eterna
aliança começou a se concretizar. Isso demonstra que Deus não faz distinção
entre homem e mulher, o que contraria o pensamento dominante na época, no qual
a mulher seria inferior ao homem.
Oração: Mãe Santíssima, mãe
terna, mãe cheia de graça, ajuda-nos a exercitar suas virtudes e a imitar teus
exemplos. Ensina-nos a ter esperança na Salvação conquistada por teu filho
Jesus. A sermos fiéis às leis de Deus, para que diante das dificuldades, não
desanimemos. Ensina-nos como ensinastes a Jesus, a promover a justiça e a paz.
Queremos amar, como tu amastes e perdoar como perdoastes. (pe. Reginaldo Manzotti)
Apresentação do tema
e reflexões:
“Deus criou o homem à
sua imagem; à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou” (Gên 1, 27).
Esta passagem concisa contém as verdades antropológicas fundamentais: o homem é
o ápice de toda a ordem criada no mundo visível; o gênero humano, que se inicia
com a chamada à existência do homem e da mulher, coroa toda a obra da criação;
os dois são seres humanos, em grau igual o homem e a mulher, ambos criados à
imagem de Deus. (Mulieris Dignitatem)
“Maria é para nós
esse exemplo de doação e como mulher nos ensina a ser essa presença
missionária, com firmeza na fé, sem perder a ternura e o jeito feminino de ser. Nós somos chamadas a renovar a Igreja, porém, essa renovação começa dentro de
nós mesmas. Antes de renovar a Igreja, temos que renovar o nosso coração e a
nossa mentalidade. A conversão é interior. Exige postura. Não podemos ficar em
cima do muro. Temos que acolher esse amor misericordioso de Deus na nossa vida
e, basta nos tornarmos pequenas para que tal amor floresça. [...] Em
primeiro lugar, devemos nos amar, nos valorizar como mulheres. Cuidar de nós
mesmas para sermos dom para os /as outras/os. A mulher quando não é amada, ela
se deforma na sua alma e no seu corpo.” (irmã Maria Herosina Gomes Rodrigues/ Maria Presente na Igreja Primitiva)
Leitura evangélica: Ef 5, 25-31
“Maridos, amai as vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela [...]. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”.
Reflexão e
discussão para o grupo:
Não há amor maior o que o de Jesus por
sua Igreja. Este é o desafio que o texto coloca aos homens e também as
mulheres. Cristo amou tanto sua Igreja a ponto de se entregar inteiramente a
ela. Assim também o marido deve amar sua esposa, de modo que na relação entre
eles não existam diferenças. Um não é maior ou melhor que o outro, mas ambos
são iguais diante de Deus. As atitudes de Jesus frente às mulheres
demonstram que Ele, diferentemente dos homens de sua época, valorizava a
mulher. Cristo fazia tudo o que estava ao seu alcance para que as mulheres
reconhecessem no seu ensinamento e no seu agir a subjetividade e dignidade que
lhes são próprias.
Meditando no que os Evangelhos dizem
sobre o comportamento de Cristo com as mulheres, podemos concluir que como
homem, filho de Israel, ele revelou a dignidade das “filhas de Abraão”(cf. Lc
13, 16), a dignidade possuída pela mulher desde o “princípio” em igualdade com
o homem. E, ao mesmo tempo, Cristo colocou em evidência toda a originalidade
que distingue a mulher do homem, toda a riqueza a ela conferida no mistério da
criação. No comportamento de Cristo em relação à mulher realiza-se de maneira
exemplar aquilo que o texto da Carta aos Efésios exprime com o conceito de "esposo". Precisamente porque o amor divino de Cristo é amor de Esposo, esse
amor é o paradigma e o exemplar de todo amor humano, particularmente do amor
dos homens-varões. (Mulieris Dignitatem).
Na história da Igreja, desde os
primeiros tempos existiam — ao lado dos homens — numerosas mulheres, para
as quais a resposta da Esposa ao amor redentor do Esposo adquiria plena força expressiva.
Como primeiras, vemos aquelas mulheres que pessoalmente tinham encontrado
Cristo, tinham-no seguido. [...] O mesmo se repete no decorrer dos séculos,
como demonstra a história da Igreja. A Igreja, com efeito, defendendo a
dignidade da mulher e a sua vocação, expressou honra e gratidão por aquelas que
— fiéis ao Evangelho — em todo o tempo participaram na missão apostólica de
todo o Povo de Deus. Trata-se de santas mártires, de virgens, de mães de
família, que corajosamente deram testemunho da sua fé e, educando os próprios
filhos no espírito do Evangelho, transmitiram a mesma fé e a tradição da
Igreja. Também em nossos dias a Igreja não cessa de enriquecer-se com o
testemunho das numerosas mulheres que realizam a sua vocação à santidade. As
mulheres santas são uma personificação do ideal feminino, mas são também um
modelo para todos os cristãos, um exemplo de como a Esposa deve responder com
amor ao amor do Esposo.
Nós, enquanto Maristas - padres,
irmãs, irmãos, leigos e leigas - somos chamados a seguir o ideal de nossos
fundadores no caminho de uma sociedade fraterna e justa, onde seja valorizada e
reconhecida a vocação de cada homem e de cada mulher, onde homens e mulheres
sejam amados e respeitados em toda a beleza da dignidade que Deus lhes
conferiu. Somos chamados a construir a Igreja mariana... somos chamados a
construir a Sociedade de Maria.
Confira a carta do Papa aqui.
Confira a carta do Papa aqui.
Roteiro produzido pelo nosso grupo para o encontro de leigos em outubro de 2012 que teve como tema a carta apostólica Mulieris Dignitatem do santo padre o papa João Paulo II.
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