sexta-feira, 15 de março de 2013

A mulher na Igreja

Aproveitando que março é um mês que muitos dizem ser dedicado à mulher, trazemos a vocês algumas reflexões propostas pelo nosso grupo sobre o papel da mulher na Igreja à luz da carta apostólica Mulieris Dignitatem do Papa João Paulo II


fonte: web


Roteiro para o encontro do grupo de leigos


Reflexão Inicial: A igreja de Cristo foi e é formada por homens e mulheres que entregaram e entregam suas vidas em favor do projeto da Salvação. Na história do povo de Deus, inúmeros homens fizeram alianças com Deus, mas foi por meio do sim de uma mulher que o plano da nova e eterna aliança começou a se concretizar. Isso demonstra que Deus não faz distinção entre homem e mulher, o que contraria o pensamento dominante na época, no qual a mulher seria inferior ao homem.

Oração: Mãe Santíssima, mãe terna, mãe cheia de graça, ajuda-nos a exercitar suas virtudes e a imitar teus exemplos. Ensina-nos a ter esperança na Salvação conquistada por teu filho Jesus. A sermos fiéis às leis de Deus, para que diante das dificuldades, não desanimemos. Ensina-nos como ensinastes a Jesus, a promover a justiça e a paz. Queremos amar, como tu amastes e perdoar como perdoastes. (pe. Reginaldo Manzotti)


Apresentação do tema e reflexões:

“Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou” (Gên 1, 27). Esta passagem concisa contém as verdades antropológicas fundamentais: o homem é o ápice de toda a ordem criada no mundo visível; o gênero humano, que se inicia com a chamada à existência do homem e da mulher, coroa toda a obra da criação; os dois são seres humanos, em grau igual o homem e a mulher, ambos criados à imagem de Deus. (Mulieris Dignitatem)

“Maria é para nós esse exemplo de doação e como mulher nos ensina a ser essa presença missionária, com firmeza na fé, sem perder a ternura e o jeito feminino de ser. Nós somos chamadas a renovar a Igreja, porém, essa renovação começa dentro de nós mesmas. Antes de renovar a Igreja, temos que renovar o nosso coração e a nossa mentalidade. A conversão é interior. Exige postura. Não podemos ficar em cima do muro. Temos que acolher esse amor misericordioso de Deus na nossa vida e, basta nos tornarmos pequenas para que tal amor floresça.  [...] Em primeiro lugar, devemos nos amar, nos valorizar como mulheres. Cuidar de nós mesmas para sermos dom para os /as outras/os. A mulher quando não é amada, ela se deforma na sua alma e no seu corpo.” (irmã Maria Herosina Gomes Rodrigues/ Maria Presente na Igreja Primitiva)


Leitura evangélica: Ef 5, 25-31


“Maridos, amai as vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela [...]. Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”.


Reflexão e discussão para o grupo:

Não há amor maior o que o de Jesus por sua Igreja. Este é o desafio que o texto coloca aos homens e também as mulheres. Cristo amou tanto sua Igreja a ponto de se entregar inteiramente a ela. Assim também o marido deve amar sua esposa, de modo que na relação entre eles não existam diferenças. Um não é maior ou melhor que o outro, mas ambos são iguais diante de Deus. As atitudes de Jesus frente às mulheres demonstram que Ele, diferentemente dos homens de sua época, valorizava a mulher. Cristo fazia tudo o que estava ao seu alcance para que as mulheres reconhecessem no seu ensinamento e no seu agir a subjetividade e dignidade que lhes são próprias.

Meditando no que os Evangelhos dizem sobre o comportamento de Cristo com as mulheres, podemos concluir que como homem, filho de Israel, ele revelou a dignidade das “filhas de Abraão”(cf. Lc 13, 16), a dignidade possuída pela mulher desde o “princípio” em igualdade com o homem. E, ao mesmo tempo, Cristo colocou em evidência toda a originalidade que distingue a mulher do homem, toda a riqueza a ela conferida no mistério da criação. No comportamento de Cristo em relação à mulher realiza-se de maneira exemplar aquilo que o texto da Carta aos Efésios exprime com o conceito de "esposo". Precisamente porque o amor divino de Cristo é amor de Esposo, esse amor é o paradigma e o exemplar de todo amor humano, particularmente do amor dos homens-varões. (Mulieris Dignitatem).

Na história da Igreja, desde os primeiros tempos existiam — ao lado dos homens — numerosas mulheres, para as quais a resposta da Esposa ao amor redentor do Esposo adquiria plena força expressiva. Como primeiras, vemos aquelas mulheres que pessoalmente tinham encontrado Cristo, tinham-no seguido. [...] O mesmo se repete no decorrer dos séculos, como demonstra a história da Igreja. A Igreja, com efeito, defendendo a dignidade da mulher e a sua vocação, expressou honra e gratidão por aquelas que — fiéis ao Evangelho — em todo o tempo participaram na missão apostólica de todo o Povo de Deus. Trata-se de santas mártires, de virgens, de mães de família, que corajosamente deram testemunho da sua fé e, educando os próprios filhos no espírito do Evangelho, transmitiram a mesma fé e a tradição da Igreja. Também em nossos dias a Igreja não cessa de enriquecer-se com o testemunho das numerosas mulheres que realizam a sua vocação à santidade. As mulheres santas são uma personificação do ideal feminino, mas são também um modelo para todos os cristãos, um exemplo de como a Esposa deve responder com amor ao amor do Esposo.

Nós, enquanto Maristas - padres, irmãs, irmãos, leigos e leigas - somos chamados a seguir o ideal de nossos fundadores no caminho de uma sociedade fraterna e justa, onde seja valorizada e reconhecida a vocação de cada homem e de cada mulher, onde homens e mulheres sejam amados e respeitados em toda a beleza da dignidade que Deus lhes conferiu. Somos chamados a construir a Igreja mariana... somos chamados a construir a Sociedade de Maria.

Confira a carta do Papa aqui. 


Roteiro produzido pelo nosso grupo para o encontro de leigos em outubro de 2012 que teve como tema a carta apostólica Mulieris Dignitatem  do santo padre o papa João Paulo II.

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